30 setembro 2010

A Perfeição de Deus


A PERFEIÇÃO DE DEUS

 

 

Em Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças eficientes.

 

Algumas crianças permanecem em Chush por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser educadas em escolas normais.

 

Em um jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança fez um discurso de que nunca seria esquecido pelos que estavam presentes. Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, clamou ele, "Onde está a perfeição em meu filho Shaya? Tudo o que Deus faz é feito com perfeição. Mas meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não pode se lembrar de fatos e números como as outras crianças. Onde está a perfeição de Deus?"

 

A audiência estava chocada pela pergunta, sofrida pela angústia do pai e paralisada pela pergunta crucial. "Eu acredito," o pai respondeu, "que quando Deus traz uma criança assim no mundo, a perfeição que ele busca está no modo como as pessoas reagem a esta criança".

 

Ele contou então a seguinte história sobre o seu filho Shaya.

 

Uma tarde Shaya e o seu pai caminhavam por um parque onde alguns meninos que Shaya conhecia estavam jogando beisebol. Shaya perguntou, "você acha que eles me deixarão jogar"?  O pai de Shaya sabia que o filho dele não era muito atlético e que a maioria dos meninos não o queria no time deles. Mas o pai de Shaya entendeu que se o seu filho fosse escolhido para jogar, isto lhe daria uma confortável sensação de participação. O pai de Shaya aproximou-se de um dos meninos no campo e perguntou se Shaya poderia jogar.

 

O menino deu uma olhada ao redor procurando por aprovação dos seus companheiros de time. Não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade em suas próprias mãos e disse: "Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava rodada. Eu acho que ele pode estar em nosso time e nós tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada".

 

O pai de Shaya ficou exaltado quando Shaya abriu um grande sorriso. Pediram a Shaya para vestir uma luva e ir ao campo para jogar. No final da oitava rodada, o time de Shaya marcou alguns pontos mas ainda estava perdendo por três. No final da nona rodada, o time de Shaya marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Shaya foi escalado para continuar. O time deixaria Shaya de fato bater nesta circunstância e jogar fora a chance de ganhar o jogo?

 

Surpreendentemente, foi dado o bastão a Shaya. Todo o mundo sabia que era quase impossível porque Shaya nem mesmo sabia segurar o bastão. Porém, quando Shaya tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola suavemente de maneira que Shaya pudesse ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso e Shaya balançou desajeitadamente e perdeu.

 

Um dos companheiros do time de Shaya foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador a espera pelo próximo lance. O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Shaya. Quando veio o lance, Shaya e o seu companheiro de time balançaram o bastão e junto eles rebateram a lenta bola do lançador. O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem de base. Shaya estaria fora e isso teria terminado o jogo. Ao invés, o lançador pegou a bola e lançou-a em uma curva longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem de base. Todo o mundo começou a gritar, "Shaya, corra para a primeira. Corra para a primeira". Nunca na vida dele ele tinha corrido para a primeira base. Ele saiu em disparada para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem de base que colocaria Shaya para fora, pois ele ainda estava correndo. Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim ele lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem de base. Todo o mundo gritou, "Corra para a segunda, corra para a segunda". Shaya correu para a segunda base enquanto os jogadores à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal. Quando Shaya alcançou a segunda base, a curta parada adversária, colocou-o na direção de terceira base e todos gritaram, "Corra para a Terceira". Quando Shaya contornou a terceira base, os meninos de ambos os times correram atrás dele gritando, "Shaya corra para a base principal". Shaya correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido um "grand slam" e ganhou o jogo para o time dele.

 

"Aquele dia," disse o pai docemente com lágrimas caindo sobre sua face, "esses 18 meninos alcançaram o nível da perfeição de Deus".

 


 
Marco Aurélio
marcoaureliocicco.wordpress.com

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