Em João 2, versos 13 a 17, lemos acerca do episódio de Jesus entrando no Templo e expulsando os cambistas que faziam do local um lugar de comércio. Como ressalta o texto, era a época da páscoa. Segundo a tradição e a Lei, os sacrifícios deveriam ser oferecidos no Templo. Mas não poderia ser qualquer sacrifício, qualquer animal. Havia regras e procedimentos a serem observados, todos eles estabelecidos pela Lei. Diz o livro de Levítico que o animal deveria ser sem defeito(veja Levítico 3:1). E para cada tipo de sacrifício, uma lei específica. E caberia ao sacerdote, ao povo, trazer de casa o melhor dos animais para o altar, algo que custasse sacrifício, cuidado, zelo, sangue. Eram necessários também, além da consagração, o tempo e a dedicação para preparar um animal “em holocausto e cheiro suave ao Senhor”. Contudo, não era o que estava acontecendo quando Jesus esteve no Templo. Por detrás da venda e do comércio dos animais, estava a venda e comércio de sacrifícios ao Senhor. O caminho estava sendo encurtado. O preço não estava sendo pago. Davi disse certa vez: “Não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada”(veja II Sm.24:24). Quando Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os cambistas, no mundo espiritual Ele estava derrubando e demolindo as fórmulas. O que acontece também hoje? Muitas vezes vamos aos cultos e esperamos encontrar na igreja o que há muito deveria estar na nossa casa, no nosso íntimo com Deus, no nosso lugar secreto. Até um tempo atrás, era comum ter uma lista de músicas para louvar e adorar ao Senhor. Nada de errado com isso, claro. Porém, algo começou a acontecer quando isso se tornou uma metodologia, uma fórmula. Há algo que também tem acontecido no nosso meio: é a chamada “adoração extravagante”. Isso também está se tornando uma fórmula. As músicas de louvor e adoração, idem. E quando começamos a usar nossas fórmulas, o Espírito Santo passa então a procurar alguém que esteja disposto a ouvi-lo e a obedecê-lo. Quando não encontra, ele se assenta e assisti, procurando alguém que esteja disposto a dar a ele algo de valor: sua vida. É tempo de acordar. É tempo de largar os novos métodos de adoração e começar a ouvir o Espírito Santo, que diz: “Eu quero você por inteiro”. Está mais que na hora de pagarmos um preço por Sua presença e pelo avivamento. E pagar por isso custa caro. Você está disposto a abrir mão do que for preciso? Porque o Evangelho nada mais é do que renúncia. “Negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” foi o que disse Jesus. O Espírito está gritando nesses dias: “É tempo de voltar”. A nossa caminhada com Deus não pára. Sempre haverá algo novo a ser revelado sobre Sua pessoa. Deus quer mais dessa geração. Ele quer mais de você e de mim. Daremos a Ele algo que não nos custe nada? Sempre haverá um preço a pagar. Até que ponto estamos dispostos a isso? Lembre-se: sem sacrifício não há fogo. E sem fogo não há glória. Que nos restará, então?
Por: Nívea Soares
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