06 janeiro 2025

Lição 2 - Promessas de Deus para Israel

  

ASSUNTO: AS PROMESSAS DE DEUSConfie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu

Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato

TEXTO ÁUREO

“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12.3)

VERDADE PRÁTICA

Ainda que a queda espiritual tenha ocorrido com Israel, há uma gloriosa promessa ao remanescente fiel.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Gn 15.6: Abraão creu e foi abençoado pelo Senhor

Terça – Gl 4.25-31: Isaque, o filho da promessa no Antigo Testamento

Quarta – Gn 29.32-35: Jacó, o pai das 12 tribos de Israel que dariam origem à nação

Quinta – Mt 1.23; Is 7.14: O Senhor Jesus, o Emanuel, o “Deus conosco”

Sexta – Mt 1.22-24: O nascimento de Jesus como cumprimento de uma promessa

Sábado – Rm 9.3-5: Cristo, a promessa cumprida do Antigo Testamento


Hinos Sugeridos: 380, 390, 463 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gênesis 12.1 -3; Romanos 9.1-5

Gênesis 12

1 – Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.

2 – E iar-te-ei uma grande nação, e abençoar-te- ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.

3 – E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.


Romanos 9

1 – Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):

2 – tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.

3 – Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;

4 – que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;

5 – dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!


INTRODUÇÃO

As promessas divinas para Israel foram proferidas há mais de 4.000 anos antes do advento do Senhor Jesus. Tudo começou quando Deus chamou Abrão e fez-lhe promessas a respeito do divino propósito de formar uma grande nação. Nessa chamada, está implícita as promessas para Israel como nação ímpar dentre todos os povos da terra, a fim de, de uma forma especial, cumprir os propósitos divinos para a humanidade. Por isso, nesta lição, veremos que muitas promessas de Deus para Israel são irrevogáveis. Elas foram feitas por Deus a Abraão, a Isaque, a Jacó, a Davi e confirmadas com o advento do Senhor Jesus Cristo. 

PALAVRA-CHAVE: Descendência

I – ISRAEL: A PROMESSA DA CRIAÇÃO DE UMA GRANDE NAÇÃO

1. “E far-te-ei uma grande nação” (v.2).

Essa promessa tinha como objetivo mostrar a Abrão o propósito de Deus em formar, a partir dele, uma grande nação, diferente de todas as outras, a nação de Israel (Gn 12.2). Ao longo da história, esse propósito se cumpriu de maneira evidente e poderosa. Quando Deus disse a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, o patriarca estava com 75 anos, e sua esposa, Sara, era estéril. Anos depois, Deus renovou a sua promessa de criar uma grande nação a partir de Abraão (Gn 15.4,5).


2. E abençoar-te- ei, engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção” (v.2).

Deus desejou promover o nome de Abrão numa dimensão jamais imaginada pelo patriarca. Entretanto, a promessa não era meramente materialista. A bênção material deveria carregar um testemunho espiritual: “E tu serás uma bênção” (Gn 12.2). Nenhuma nação teria dúvida de que era Deus que faria isso com Abrão. Era uma promessa por demais significativa, pois Abrão era filho de uma família idólatra (Gn 12.1) e Deus o escolheu para ser pai de um povo que ainda surgiria: o povo de Israel. A história hebreia comprova que o patriarca Abraão foi, de fato, uma grande bênção para os israelitas.


3. “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (v.3).

Essa foi uma promessa dupla: de bênção e de maldição. Na verdade, Abraão seria uma grande influência para os que se relacionavam com ele. De modo que Deus abençoaria os que auxiliassem Abraão e castigaria quem o amaldiçoasse. Esse evento faria de Abrão uma influência mundial que perduraria em sua posteridade. Além disso, essa promessa é confirmada em Números: “Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem” (24.9).


4.“E em ti serão benditas todas as famílias da terra” (v.3).

Essa promessa é considerada uma segunda profecia das Escrituras a respeito do Senhor Jesus (A primeira está registrada em Gênesis 3.15). Podemos ter essa confirmação por meio da Carta de Paulo aos Gálatas, em que uma bênção espiritual viria por meio de um descendente de Abraão, o pai dos israelitas. Essa bênção diz respeito ao advento do Senhor Jesus Cristo, sua boa notícia oferecida a todas as nações (Gl 3.8,16; cf. Jo 3.16).


SINOPSE I

A descendência de Abrão seria uma grande nação, acompanhada de um testemunho espiritual importante.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

PROMESSA

“[…] A mensagem central do Novo Testamento é que as promessas de Deus no Antigo Testamento foram cumpridas com a vinda de Jesus Cristo. As numerosas fórmulas de citação de Mateus são evidências desse tema. Em Lucas 4.16-21, Jesus pronuncia o cumprimento da promessa de Isaías (sobre o ministério do Messias, Is 61.1-3) na sua própria vida. O livro de Atos declara especificamente que o sofrimento e ressurreição de Jesus e a vinda do Espírito Santo são o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (At 2.29-31; 13.32-34). A identidade de Jesus como descendente de Davi (At 13.23) e como profeta semelhante a Moisés (At 3.21-26; Dt 18.15-18) também é considerada o cumprimento do Antigo Testamento. A visão de Paulo sobre as promessas de Deus está resumida nesta declaração: (Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém, para a glória de Deus, por nós” (2Co 1.20). De acordo com Romanos 1.2,3, Paulo considera o evangelho como a mensagem que Deus antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras, acerca de seu Filho. Romanos 4 descreve a fé de Abraão em termos da sua confiança nas promessas de Deus, o que leva à sua justiça. Apresenta-o também corno nosso modelo de fé nas promessas de Deus. A famosa expressão segundo as Escrituras em 1 Coríntios 15.3,4 é, em certo sentido, entendido por Paulo como o cumprimento das promessas de Deus a respeito da morte e ressurreição de Cristo” (LONGMAN III, Tremper. Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023).

II – OUTRAS PROMESSAS A ISRAEL

1. A promessa de um filho a Abraão.

Além das solenes promessas de Deus a Abraão, o Senhor prometeu-lhe um filho. A promessa pareceu estranha ao patriarca, pois como vimos anteriormente, ele era avançado em idade, sua esposa também, além dela ser estéril. O pai da fé argumentou com Deus que provavelmente seu servo, Eliezer, seria seu herdeiro. No entanto, o Senhor asseverou-lhe que não. Deus iria cumprir a sua grandiosa promessa na vida de Abraão (Gn 15.4-6). O filho da promessa, portanto, seria Isaque (Gn 21.1-7).


2. A promessa de um filho a Isaque.

Deus não se esquece de suas promessas. Após a morte de Sara, Abraão casou-se com Quetura. Ele tinha mais de 100 anos e teve seis filhos com ela (Gn 25.1-5). Antes de morrer, Abraão providenciou uma esposa para Isaque, por intermédio de Eliézer, seu servo. Este foi à Mesopotâmia, e lá, por direção de Deus, encontrou uma esposa, Rebeca, para o filho de seu senhor, e a levou a Isaque€, que se casou com ela. No tempo próprio, ela deu à luz a dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó (Gn 25.24-26).


3. A promessa renovada.

O Senhor falou com Jacó e reiterou a promessa feita a Abraão, de que lhe daria aquelas terras (Gn 26.3,4). Isaque foi considerado o herdeiro da promessa (Hb 11.17-19) e, por isso, antes de morrer concederia bênçãos para seus filhos. Esaú perdeu seu direito de primogenitura, pois o trocou por um prato de comida (Gn 27.30-34). Orientado por seu pai, Jacó foi à casa de Labão, onde se casou com Raquel, que era estéril (Gn 28.1,2; 29.28). Por estratégia de Labão, Jacó se uniu com Léia e teve seis filhos com ela (Gn 29.21-27).Mais tarde, Deus abriu a madre de Raquel e esta concebeu dois filhos. Com sua serva, Bila, Jacó teve dois filhos; com Zilpa, serva de Leia, mais dois filhos; perfazendo às 12 tribos de Israel (Gn 29.32-35; 30.1-26); e teve mais uma filha, com Leia, Diná (Gn 30.20-21).


4. Promessa do Reino do Messias.

Por intermédio do profeta Isaías, Deus falou que o Messias nasceria da descendência de Jessé, pai de Davi, para redimir Israel e a humanidade. Por isso, o Senhor Jesus é chamado de “O Filho de Davi” (Lc 18.37-4o), o “Emanuel”: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mt 1.23; cf Is 7.14).


SINOPSE II

As promessas feitas a Abrão culminam na promessa de que o Messias viria para redimir Israel e a humanidade de seus pecados.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

OS FILHOS DE DEUS PELA FÉ (Gl 3.24-4.7).

“[…] Se todos os crentes estão se tornando semelhantes a Cristo, se todos os crentes professaram a fé e se uniram ao corpo de Cristo, então esta união deixa de lado todas as outras diferenças superficiais. Embora seja verdade que no corpo de Cristo, judeus, gentios, escravos, livres, homens e mulheres ainda conservam as suas identidades individuais, Paulo exalta a sua unidade todos vós sois um em Cristo Jesus. Todos os rótulos tornam-se secundários entre aqueles que têm a Jesus em comum. […] Tornar-se filho de Deus (Gl 3.26) e tornar-se um em Cristo (3.28) significa que aqueles que são de Cristo são descendência de Abraão. Os judeus acreditavam que eram automaticamente o povo de Deus porque eram descendentes de Abraão. Paulo concluiu que os filhos espirituais de Abraão não eram os judeus, nem aqueles que tinham sido circuncidados. Os filhos de Abraão são aqueles que respondem a Deus com fé, como Abraão tinha feito. A única diferença é que a nossa resposta deve ser a Cristo, como Salvador. Como nós respondemos positivamente, nós somos herdeiros. Em outras palavras, todas as promessas que Deus fez a Abraão pertencem a nós. Respondendo a Cristo com fé, nós seguimos o antigo caminho de Abraão, um dos primeiros justificados pela fé. Ele confiou em Deus, e nós também. Mas a nós foi acrescentada a oportunidade de valorizar o preço que Cristo teve que pagar para assegurar a nossa participação na promessa” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD , 2009, pp. 282, 283).


III - A PROMESSA DE SALVAÇÃO PARA ISRAEL

1. A queda de Israel.

O Novo Testamento mostra claramente a queda de Israel. A nação não conseguiu exercer o papel de nação sacerdotal no meio de outras nações (Lc 21.24). Por isso, os capítulos 9-11 da Epístola de Paulo aos Romanos trata de algumas questões que muitos cristãos dos dias atuais se fazem hoje: Como as promessas de Deus para Israel podem permanecer válidas hoje? Elas foram revogadas? De fato, Israel permanece em rebelião contra Deus porque a nação não reconheceu o Senhor Jesus como o seu Messias verdadeiro (Rm 9.30-31; 11.11-15).


2. A tristeza de Paulo por Israel.

O capítulo 9 de Romanos revela a demasiada tristeza do apóstolo pelos judeus que não conhecem a Cristo (2 Co 9.22). Sim, os judeus que não conhecem a Cristo estão em uma situação muito difícil, pois o Senhor Jesus descende diretamente deles, segundo a carne (Rm 9.5). Esse sentimento de tristeza e, ao mesmo tempo, uma atitude piedosa de sofrer pela salvação dos judeus, deve ser um compromisso permanente de cada cristão para a evangelização dos judeus (Mt 23.32).


3. Promessa de salvação a Israel.

“Quando orava por Israel, o apóstolo expressava o seguinte: “dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.3-5). Essas qualificações mostram que Deus cumpre a sua palavra, prometida àqueles homens que o buscam em sinceridade. Por isso, a Bíblia assegura que Israel será salvo, ainda que não totalmente. A Bíblia diz que esse povo será chamado de (‘filhos do Deus vivo” (Rm 9.26); que “o remanescente fiel de Israel” será salvo (Rm 9.27). O Libertador que virá de Sião fará isso (Rm 11.26).


SINOPSE III

A Bíblia assegura que o remanescente fiel de Israel será salvo pelo libertador que virá de Sião.


CONCLUSÃO

As promessas de Deus para Israel não podem falhar. O que Deus prometeu a Abrão, a Isaque e a Jacó se cumpriu em parte; e terá seu cumprimento pleno nos tempos futuros, quando o Senhor Jesus voltar em Glória e implantar o seu glorioso Reino do Milênio. Lembremos da Palavra de compromisso do Senhor: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13).


REVISANDO O CONTEÚDO

1- Quantos anos Abrão tinha quando Deus disse que ele seria uma grande nação?

Quando Deus disse a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, o patriarca estava com 75 anos.

2- Que promessas Deus fez a Abraão acerca de outros povos?

A bênção material deveria carregar um testemunho espiritual: “E tu serás uma bênção” (Gn 12.2 ). Nenhuma nação teria dúvida de que era Deus que faria isso com Abrão.

3- Qual foi a promessa que o Senhor reiterou a Jacó?

A história hebreia comprova que o patriarca Abraão foi, de fato, uma grande bênção para os israelitas.

4- Por que Esaú perdeu o direito de primogenitura?

Esaú perdeu seu direito de primogenitura, pois o trocou por um prato de comida (Gn 27.30-34)

5- O que Romanos 9 demonstra?

O capítulo 9 de Romanos revela a demasiada tristeza do apóstolo Paulo pelos judeus que não conhecem a Cristo (1 Co 9.22).

05 janeiro 2025

Lição 1 - As Promessas de Deus

 

Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

ASSUNTO: AS PROMESSAS DE DEUSConfie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu

Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato


TEXTO ÁUREO

“E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la.” (Jr 1.12) 

VERDADE PRÁTICA

Deus faz suas promessas para que experimentemos um relacionamento mais próximo com Ele.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jr 1.11,12: Deus vela por sua Palavra para cumprir

Terça - Is 7.14: Jesus, a promessa do nosso Emanuel

Quarta - Gn 9.11-17: Uma promessa incondicional de Deus no pacto com Noé 

Quinta - Gn 12.1-3: A Promessa de Deus a Abraão, o pai da fé

Sexta - Êx 19. 5,6: Israel, o reino sacerdotal e a promessa condicional de Deus

Sábado - Gn 28.12-15: Deus repete suas promessas a Jacó


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Isaias 55.6-13

6 Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.

7 Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.

8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.

9 Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.

10 Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come,

11 Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.

12 Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas.

13 Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o SENHOR por nome, e por sinal eterno, que nunca se apagará.

Hinos Sugeridos: 107, 377, 459 da Harpa Cristã


INTRODUÇÃO

As promessas divinas têm como objetivo atender aos desígnios de Deus. Para se concretizarem, elas dependem da fé plena nEle e em sua Palavra. Por isso, ao longo deste trimestre, estudaremos a respeito das Promessas de Deus e seus desdobramentos em nossa vida cristã. E, especificamente, nesta lição, desenvolveremos o assunto com o objetivo de conhecer os conceitos básicos, tipos e, propósitos das promessas de Deus, segundo a Sua Palavra.    

I - UM CONVITE DE DEUS

1. Um convite, uma promessa.

Isaías 55 é um convite de Deus para Israel desfrutar de uma grande bênção divina. É uma promessa maravilhosa de redenção. O versículo n diz: “assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”. Aqui, o poder da Palavra de Deus é destaque. Essa Palavra sempre agirá com um propósito, quer para a redenção, quer para a condenação. Ela não pode retornar vazia porque o Soberano é zeloso para cumprí-la. É nessa veracidade da Palavra é que as promessas de Deus estão firmadas. Contudo, é preciso dar alguns passos para vivermos essas promessas.


2. É preciso buscar ao Senhor.

No versículo 6 do capítulo 55 aparece o seguinte imperativo: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. Aqui, somos instados pela Palavra de Deus a buscar ao Senhor por meio da oração e de um relacionamento sincero, a fim de alcançarmos uma resposta dEle. No Novo Testamento, nosso Senhor ensinou que a quem pede será dado; quem busca encontrará; a quem bate, a porta será aberta (Mt 7.7). O Senhor Jesus, então, confirma: “Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre” (Mt 7.8). Busquemos a Deus enquanto podemos fazer isso hoje!


3. É preciso se arrepender.

Na busca sincera a Deus, devemos nos converter ao Senhor de todo o coração, pois Ele é poderoso em perdoar (Is 55.7). Quando o arrependimento impulsionado pelo Senhor acontece, de fato, em nosso coração, percebemos o quanto que os pensamentos do Senhor são maiores do que o nosso; seus caminhos, mais altos que os nossos (Is 55.8,9). Assim, toda pessoa que tem um encontro pessoal com o Senhor Jesus experimenta júbilo e florescimento espiritual no lugar de aridez e sequidão (Is 55.10-13). Há gloriosas promessas de Deus para o povo que teve um encontro verdadeiro com Ele por meio de Jesus, o Nosso Senhor.


SINOPSE I

As promessas de Deus estão firmadas na veracidade da sua santa Palavra.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

COMO O SENHOR TINHA DITO (GN 12.1-9).

“Alguns comentaristas sugeriram que as promessas de Deus a Abrão eram promessas condicionais. Eles dizem que a condição era a obediência à ordem de Deus de deixar a cidade de Ur. Afinal, se Abrão não tivesse partido, nenhuma das coisas que Deus prometeu poderia ter se concretizado. Essa opinião distorce tanto o texto bíblico quanto uma verdade vital a respeito da vida espiritual. As promessas de Deus não se ativam pela nossa obediência. Pelo contrário, é a nossa obediência que é ativa pelas promessas de Deus. [...] O que acontece é que a fé estabelece um relacionamento com Deus, a fonte suprema de energia. A fé conserva este relacionamento. É uma confiança ativa em Deus e nas suas promessas que nos faz obedecer. Nós a vemos claramente na vida de Abrão. Por crer nas promessas de Deus, deixou Ur e a sua riqueza para viver uma vida nômade em uma nova terra. A promessa de Deus ativou a obediência de Abrão. A sua obediência não ativou as promessas. [...] Foi a promessa, e a fé na promessa, que libertou Abrão, não somente para obedecer a Deus, mas também para se tornar o tipo de pessoa que todos admiramos, altruísta, leal, corajosa, humilde e sincera” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 22).

II - AS PROMESSAS E SEUS FUNDAMENTOS

1. A Promessa na Bíblia.

A palavra “promessa” está presente ao longo de toda a Bíblia. No AT, embora a palavra não esteja registrada claramente, pode ser constatada pelo que o Senhor promete a Abraão, Isaque e Jacó (Gn 12.1-3; 26.1-5; 28.10-15). No Novo Testamento, é dominante a mensagem de que as promessas do Antigo Testamento foram cumpridas na Nova Aliança (Lc 4.16; At 2.29-31). Ainda no Novo Testamento, o Deus Todo-Poderoso realiza novas promessas como extensão da obra salvífica de Cristo em que os fiéis, que dormem no Senhor, serão ressuscita dos e os corpos dos que ficarem vivos serão transformados por ocasião do Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-18). Portanto, podemos afirmar que a palavra “promessa” refere-se ao ato ou efeito de Deus comprometer-se com alguém em relação a alguma coisa.


2. Deus é infalível.

Como vimos na leitura bíblica em Classe, em Isaías 55, o Deus Todo-Poderoso não falha em suas promessas. Essa afirmação está fundamentada em seus próprios atributos incomunicáveis, isto é, servimos a um Deus Onipotente, Onisciente e Onipresente. Com atributos incomunicáveis nos referimos aos atributos que ser humano algum pode ter, somente Deus. Por exemplo, o ser humano não tem todo o poder na terra, não conhece todas as coisas, nem pode estar em vários lugares ao mesmo tempo. O Deus Todo-Poderoso tem essas capacidades como constituintes de sua própria natureza. Por isso, Ele não falha e não muda. O profeta Isaías constata essa verdade dizendo: "Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13).


3. Deus zela por sua Palavra.

Como vimos em Isaías 55, a Palavra que sai de Deus tem um propósito determinado para cumprir (v.11). Aqui está embasada a fidelidade de Deus e, por isso, Ele garante o cumprimento das suas promessas conforme estão expostas em sua poderosa Palavra. Há uma declaração solene do profeta Jeremias a respeito de como Deus cumpre a sua Palavra: "Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir” (Jr 1.11,12).


SINOPSE II

A “promessa” refere-se ao ato ou efeito de Deus prometer algo a outrem ou a si mesmo.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

PROMESSA

“Embora se refira ocasional -mente à palavra do homem, o uso característico da palavra ‘promessa’ nas Escrituras relaciona-se com o que Deus declara que fará acontecer. Embora possamos inferir que as promessas feitas entre o Pai e o Filho antes da criação, a primeira grande promessa de Deus aos homens está em Gênesis 3.15 e inaugura uma sucessão, que em uma crescente clareza de detalhes desde seu anúncio, fala sobre a vinda do Messias-Salvador. Uma grande variedade de promessas está mais ou menos ligada, de uma forma direta, a essa grande promessa central, inclusive a nova aliança (Jr 31.31-34), o derramamento do Espírito (J1 2.28ss.), a restauração de Israel (Dt 30.1-5) e, finalmente, o novo céu e a nova terra (Is 65.617; 66.22).


Paulo demonstra que a ‘promessa de Deus’ tem a qualidade de uma aliança, porque cada palavra de Deus é segura e certa, livre de legalismo e da dependência do esforço do homem (por exemplo, Rm 4.13-16; Gl 3.1618; cf. Hb 11.40). O termo técnico epangelia, portanto, designa o bondoso compromisso de Deus, expresso especialmente a Abraão, de realizar de forma completa sua obra de redenção através do Messias, em quem ‘todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém’ (2 Co 1.20)” (PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1611).

III - TIPOS E PROPÓSITOS DAS PROMESSAS DE DEUS

1. Promessas incondicionais.

As promessas incondicionais são as que independem de circunstâncias, de tempo ou de atitudes do destinatário. Por exemplo: a Promessa do nascimento de Jesus proveniente de uma virgem (Is 9.6), o local do nascimento de Jesus, em Belém da Judeia (Mq 5.2); que Jesus seria chamado Emanuel, “Deus conosco” (Is 7.14). Há também promessas proféticas que ainda não se cumpriram, mas que, com absoluta certeza, aguardamos seu cumprimento, tais como: a promessa da ressurreição dos salvos em Cristo e a transformação dos vivos, no Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-17); e muitas outras profecias que haverão de se cumprir, e são absolutamente incondicionais, pois Deus é Fiel.


2. Promessas condicionais.

Diferentemente das promessas incondicionais, as condicionais dependem de circunstâncias, do tempo e da atitude humana para se cumprir ou não. Ao longo da Bíblia, encontramos muitas promessas condicionais: Promessas de saúde plena ao povo judeu condicionadas à obediência às ordenanças divinas (Êx 15.26); variadas promessas condicionadas também à obediência do povo (Dt 28.1); promessa de receber o perdão de Deus condicionadas a perdoar o próximo que nos ofendeu (Mt 6.14,15); promessas de permanecer no amor de Deus se guardar os mandamentos de Cristo (Jo 14.23; 15.10).


3. O propósito das Promessas de Deus.

Ao longo da Bíblia, percebemos diferentes propósitos para Deus cumprir suas promessas. O primeiro deles é o de Deus estabelecer uma aliança com o ser humano (Gn 1.27-30; 2.16-17). O segundo, de reconsiderar o destino da raça humana, dando-lhe mais uma oportunidade por meio de um justo, Noé (Gn 9.11-17). Outro propósito seria mostrar a eleição de um povo como parte de sua aliança com Abraão (Gn 12.1-3; Êx 19.5-6). Além desses, certamente um dos grandes propósitos de Deus fazer promessas, e realizá-las, tem a ver com zelar pela sua Palavra e aprofundar o seu relacionamento conosco (Is 55.11,12.). Quando experimentamos o cumprimento das promessas de Deus, temos a certeza inabalável de que Deus se relaciona conosco e, por isso, não estamos sozinhos no mundo.


SINOPSE III

Ao longo da Bíblia, Deus revelou diferentes propósitos para fazer cumprir as suas promessas.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Por que a Palavra de Deus não retorna para Ele vazia?

A Palavra de Deus não pode retornar vazia porque o Soberano é zeloso para fazer cumpri-la.


2. Em relação às promessas, o que é dominante no Novo Testamento?

No Novo Testamento, é dominante a mensagem de que as promessas do Antigo Testamento foram cumpridas na Nova Aliança (Lc 4.16; At 2.29-31).


3. O que queremos afirmar quando mencionamos a palavra “promessa”?

Podemos afirmar que a palavra “promessa” refere-se ao ato ou efeito de Deus comprometer-se com alguém.


4. O que são promessas incondicionais de Deus?

As promessas incondicionais são as que independem de circunstâncias, de tempo ou de atitudes do destinatário.


5. O que são promessas condicionais de Deus?

Diferentemente das promessas incondicionais, as condicionais dependem de circunstâncias, do tempo e da atitude humana para se cumprir ou não.

02 janeiro 2025

O que significa o Senhor açoita a todo filho a quem recebe?

  Postado por Presbítero André Sanchez

  Você Pergunta: Estou fazendo um estudo em Hebreus e me deparei com uma frase que me deixou em dúvida: Deus açoita a todo filho a quem recebe. Achei estranho essa questão de açoitar um filho. Pode me ajudar a compreender melhor o que significa isso?

Cara leitora, A Bíblia contém muitas figuras que nos ajudam a entender a realidade dos fatos da vida e da relação de Deus conosco. No estudo de hoje irei te ajudar a entender melhor essa figura do “açoitar” e o significado dela dentro do texto que você citou.  

O que significa o Senhor açoita a todo filho a quem recebe?

(1) O texto que você citou está descrito em Hebreus 12:6, que diz: “porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe”.

Observe que o verso começa com “porque”, o que indica que o autor está explicando algo que disse antes. O autor de Hebreus está falando sobre Jesus Cristo, que suportou muita oposição e sofrimento.

Ele o coloca como um modelo das lutas que o crente passa nesse mundo (Hebreus 12:3). Depois diz que as lutas ali enfrentadas pelos crentes não os tinham levado ao extremo, que é morrer pelo evangelho (Hebreus 12:4).

Por fim, antes do verso que estamos estudando, ele diz: “e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado” (Hebreus 12:5).

Aqui conseguimos perceber que o autor de Hebreus está falando da correção e da reprovação de Deus que traz algum sofrimento para a pessoa.

(2) O pano de fundo sobre essa “correção” e sobre esse “açoite” é o relacionamento pai e filho. O autor de Hebreus utiliza essa ilustração tirada de Provérbios 3:11-12 para mostrar aos seus leitores que o verdadeiro filho é corrigido pelo pai e essa correção tem base no amor do pai pelo filho.  

Quem não é filho não recebe correção. A correção aqui tem um claro sentido de educação, de educar o filho para que ande nos melhores caminhos e seja bem sucedido.

O ponto levantado pelo autor é que os crentes que têm passado ali por difíceis momentos permitidos pelo Pai celestial deveriam considerar-se bem-aventurados, pois estão sendo aperfeiçoados por Ele como filhos.

Assim, as correções vindas de Deus, apesar de doloridas em muitos momentos, expressam um amor grandioso que precisa ser reconhecido!

(3) O ponto que muitos não entendem é a parte do “açoite”: “e açoita a todo filho a quem recebe”. A palavra açoite aqui traz a ideia de castigo. Mas não qualquer tipo de castigo.

O castigo que está em vista aqui é aquele que um filho negligente precisa para se aprumar na vida. Ou seja, tem função educativa, de correção, de punição visando mudança.

Sendo assim, as correções dadas por Deus deveriam ser vistas não como algo negativo, um motivo de tristeza, mas como um motivo de alegria, pois o amor de Deus está conduzindo tais repreensões para que os filhos se tornem aquilo que o Pai quer.

Não devemos confundir “açoite” com violência gratuita e desmedida como alguns pais humanos fazem com seus filhos. Deus sabe o modo de corrigir, sabe o modo de ensinar e sabe a medida certa que deve aplicar a cada um de Seus filhos! 

(4) Como pecadores que somos, ao sermos chamados para sermos filhos de Deus e sermos recebidos por Ele, devemos nos adequar às regras do Pai. Porém, muitas vezes o nosso coração duro não deseja isso!

Deus entra com Seus açoites, assim como o pai disciplina com rigor o filho desobediente para seu próprio bem! É por isso que o autor de Hebreus diz:

“É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?” (Hebreus 12:7).

Portanto, a conclusão do servo de Deus inteligente é que havendo correção há também amor do Pai em favor dele! E isso é motivo de bênção!

Estamos sendo cuidados, ensinados, moldados por Deus para chegarmos à maturidade que Ele deseja para nós.

Como nosso coração é desesperadamente corrupto (mesmo que você ache que você é bonzinho), então, disciplina dura muitas vezes é o que amolece nosso coração e é tudo que precisamos para mudar de verdade! Devemos aprender com a disciplina que vem de Deus!

01 janeiro 2025

JOGADA DE MESTRE

 


Deus é quem escolhe com quem eu vou casar?

  Postado por Presbítero André Sanchez

Você Pergunta: Gostaria de saber se Deus escolhe as pessoas com quem cada um vai casar, ou seja, se já está determinado um homem para cada mulher casar ou se somos nós que temos a liberdade de escolher a pessoa com quem queremos casar. O que a Bíblia ensina sobre isso?

Caro leitor, nesse texto bíblico parece que temos Deus escolhendo e mandando o profeta casar-se com uma mulher:

“Quando, pela primeira vez, falou o SENHOR por intermédio de Oséias, então, o SENHOR lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR” (Oseias 1:2).

Nesse outro, Esaú casa com duas mulheres de povos estrangeiros para provocar os pais. Aqui Deus também escolheu com quem ele iria se casar?

“Tendo Esaú quarenta anos de idade, tomou por esposa a Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha de Elom, heteu. Ambas se tornaram amargura de espírito para Isaque e para Rebeca” (Gênesis 26:34).

Esse é um tema que divide algumas opiniões, porém, irei fazer aqui uma análise sincera sobre ele, dando minha humilde opinião para te ajudar a entender um pouco do que penso que a Bíblia ensina sobre o tema. 

Deus escolhe uma pessoa certa para cada pessoa casar?

(1) A primeira consideração que desejo fazer tem a ver com a soberania de Deus e Sua onisciência. Isso significa que a Bíblia afirma que Deus tem todo poder e que sabe de todas as coisas. Então, os nossos dias (e ações) estão diante dos olhos Dele totalmente descobertos.

“Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda” (Salmos 139:4)

Assim, nossas escolhas não O surpreendem de forma alguma. Mas isso significa, então, que Ele escolhe uma pessoa certa para cada um casar? Não necessariamente. Explicarei porquê.

(2) Em primeiro lugar sabemos que não existe uma quantidade igual de homens e mulheres no mundo, o que indica que não existe, por exemplo, uma mulher para cada homem casar e vice-versa.

Ou seja, existe uma quantidade limitada de pessoas que irão se casar. Outros ficarão solteiros. Outros darão vazão ao seu pecado e desejarão se unir a pessoas do mesmo sexo.

Outros, ainda, também dando vazão ao pecado, irão ter vários parceiros. Considerando tudo isso, verificamos que não existe um “alguém” para cada pessoa do mundo. 

Matematicamente isso fica bem claro. Mas como alguém acha uma pessoa para casar, então? Deus não dirige essa área de nossas vidas?

No caso do profeta Oseias que observamos no início, temos uma exceção por causa de um objetivo definido. Nesses casos Deus pode sim direcionar diretamente nossas escolhas. Mas vemos que isso é uma exceção na Bíblia e não a regra geral! 

(3) Deus dirige todas as coisas, porém, existem coisas que Deus quer dirigir através de orientações de nossas escolhas. Por exemplo, quando Abraão quis buscar uma esposa para Isaque, ele orientou o servo incumbido da missão: “mas irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho” (Gênesis 24:4).

Existiam muitas moças ali que poderiam se casar com Isaque, mas por que nenhuma delas serviu? Simples: porque existiam qualidades em que a moça deveria se enquadrar.

Nesse caso, ser da mesma parentela significava servir ao mesmo Deus, significava não se misturar com povos idólatras, o que traria problemas grandes ao casamento. Essas eram qualidades que Abraão queria que a esposa de seu filho tivesse.

Quando Esaú, irmão de Jacó, tomou mulheres de povos pagãos para provocar os pais, veja o que causou para a família: “Ambas se tornaram amargura de espírito para Isaque e para Rebeca” (Gênesis 26:35).

Ao mesmo tempo, observamos que Abraão e o servo criam que Deus estaria ajudando nessa missão, guiando essa jornada (Gênesis 24:27). Temos, então, um tipo de cooperação em foco aqui!

(4) Tudo isso nos leva a pensar que Deus nos deu em Sua Palavra elementos que nos ajudam a escolher uma pessoa para formar uma família.

São qualidades que devemos observar. Entre multidões de pessoas com as quais cruzamos todos os dias, aquele que deseja namorar e casar, deverá observar as melhores qualidades e também trazer em si as boas qualidades para oferecer ao outro. Isso irá gerar famílias boas e fortes (não perfeitas).

Ao mesmo tempo, deve-se confiar que o Senhor ajudará o servo fiel a encontrar essa pessoa. Penso que seja uma ação de cooperação mútua! Alguns, por exemplo, ignoram as qualidades que Deus propõe que haja em um parceiro e não fazem as melhores escolhas!

Outros, até buscam certas qualidades, mas excluem Deus dessa jornada. Em ambos os casos a escolha tem grandes chances de ser prejudicada!

(5) Por isso, cabe a cada um analisar a pessoa pela qual tem interesse (fazer a sua parte). Se ela obedecer aos bons critérios que encontramos na palavra de Deus, certamente será um bom parceiro.

Caso contrário, terá um casamento difícil e complexo. Mas quais seriam esses bons critérios? Escrevi um texto explicando, que se chama: 10 dicas para saber se seu namoro ou namorado (a) é de Deus. Clique e tenha uma boa direção para fazer sua escolha

(6) Por fim, como alguém já casado há um bom tempo, posso dizer que algo muito positivo (e importante) é participar Deus da sua escolha, da sua busca, através da oração, através da análise sincera sobre que tipo de pessoa você busca para sua vida.

Creio que apesar de vermos que Deus não fez de forma exata uma pessoa para cada um se casar, Deus nos indica entre os melhores de Seus servos pessoas que nos farão bem.

Ele certamente trabalha em nosso favor nessa área, não está alheio, mas atuante para nos ajudar a fazer as melhores escolhas nesta que é uma das áreas principais da vida de uma pessoa.