08 setembro 2018

RESTAURANDO O VASO

 

“Os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz” (Lc. 16.8);...”Sede, portanto prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.”  (Mt. 10.16). Não são poucos os Cristãos que por falta de habilidade e por excesso de simplicidade, tem tido uma caminhada cristã de sucessivas derrotas. Muitas vezes,  baixamos a guarda e ficamos desatentos e pouco vigilantes, esquecemos que desde o dia em que Deus nos “libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seus amor” (Co. 1.13), teve início um grande combate dentro e fora de nós, Uma guerra declarada contra o verdadeiro cristão, através da carne, do mundo e do diabo, com o único intuito de nos afastar do nosso novo caminho com Deus.

“Em Cristo somos mais que vencedores”, “Nada poderá nos separa do amor de Deus” e “Tudo podemos naquele que nos fortalece”. Todavia não podemos esquecer que precisamos fechar as brechas de nossa vida, para que o inimigos não as use para nos derrotar, como tem acontecido a muitos. Quem pensa que fechar esses buracos em nossas vidas é tarefa fácil, está muito enganado. Pois, exige esforço e renúncia de nossa parte.

“...Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e sigam-me” (Lc. 9.23); “Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue.” (Hb. 12.4). Fechar as brechas para o pecado e para o inimigo é responsabilidade nossa, do dia todo e de todo dia. É o Senhor quem nos adverte, dizendo: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”(Mt. 26.41). Pouco depois de dizer isso, Jesus encontrou os discípulos dormindo. Será que não é assim, também, que se encontram muitos crestes neste momento?

Em nossa caminhada cristã, seria bom se, como José do Egito, em nenhum momento de nossa vida abríssemos qualquer porta para o inimigo. Não estamos isentos de fraquejar e cair, mas não podemos deixar a porta aberta para o maligno. Todavia, por descuido, isto acontecer conosco, devemos fechá-la imediatamente, para que não soframos dano maior.

Se tropeçarmos, devemos tirar alguma lição, pois, Deus, em sua infinita graça e misericórdia, sempre transforma nossos fracassos e derrotas em gloriosas vitórias. Não precisamos ficar prostrados, vencidos, culpando-nos por tudo o que aconteceu. Podemos levantar agora, reparar a brecha, fechar a porta, e ser instrumento nas mãos de Deus, para reconquistar muitos que estão caídos.

Deus não tem lata de lixo. “Deus é especialista em reciclagem: ELE TRANSFORMA LIXO HUMANO EM LUXO HUMANO.” Alimentar o erro é dar lugar ao diabo, é favorecer o adversário. É suicídio; é fazer gol contra.

Muitas das nossas igrejas estão vivas só de fachada; achando-se mortas interiormente. São lugares onde os cristãos não tem comunhão uns com os outros, não podem viver como diz o salmista: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!” (Sl. 133.1). São igrejas onde os cristãos perderam o entusiasmo, a alegria e o prazer nas coisas de Deus. Em vez do fogo do Espírito, mantêm aceso o fogo da ira, da mágoa e do ressentimento. E onde essa chama está acesa, a do Espírito permanece apagada.

Deus quer que fechemos as brechas que existem em nossa vida e que favorecem ao adversário. Talvez esteja aí a cauda da derrota, do fracasso na vida cristã, no casamento, na família, no trabalho e no dia-a-dia de muitos de nós.“Deixar a mentira e falar a verdade. Não dar lugar à ira. Não furtar, antes trabalhar. Não proferir palavra torpe, mas a que for boa para edificação. Não entristecer o Espírito de Deus” (Ef. 4.25-32).

Infelizmente, muitos cristãos tem alimentado e engordado o adversário com o pecado da mágoa, murmuração, maledicência, ociosidade, preconceito, orgulho, inimizade, adultério, lascívia, dureza de coração, incredulidade, palavras sujas, prazeres mundanos e carnais, pecados inconfessos. Tudo isso fortalece o inimigo de nossa alma.

Sem a prática de uma operação tapa-buracos e restaurar os danos ocorridos em nossas vidas, através de um sincero arrependimento, nossa via de acesso a Deus fica bloqueada. E: “O que  confessa as suas transgressões e as deixa, alcançará misericórdia”.

Transcrito Por Litrazini

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