30 julho 2015

MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA






Imagem: Reprodução da Internet


Há oitos anos estou trabalhando profissionalmente com Comunicação Digital e Mídias Sociais. Acessei a Internet pela primeira vez na vida em 1996. Naquela época não tinha ideia do impacto que ela teria na minha vida pessoal e profissional. Acredito que poucos de nós tínhamos ideia.

Desde minha conversão em 2003, utilizo a Internet como fonte de pesquisa e estudos para ampliar meus conhecimentos sobre Deus. Lembro de chegar no trabalho diariamente e ir em busca de um devocional no site do Lagoinha.com - site da Igreja Batista da Lagoinha, em BH, da qual sou membro. A estrutura dos sites eram muito diferentes dos que temos nos dias de hoje. Naquela época, poucas igrejas estavam na WEB. Algumas tinham apenas (e ainda tem) uma página mais institucional com uma breve apresentação sobre a igreja, localização, e ainda, dias e horários dos cultos. Nada contra as igrejas que mantém uma página assim. Mas, acredito que podemos fazer mais e melhor.

Os anos foram passando e o fato de estudar Jornalismo e me aprofundar no uso profissional da Comunicação Digital e Mídias Sociais me despertou para algo: o que a Igreja tem feito com todas estas possibilidades digitais em nossa geração? Refletindo sobre a história de Jesus pude observar que em diversos momentos ele usou das ferramentas que dispunha para alcançar as pessoas e levar a mensagem do Reino de Deus. Seja andando sobre as águas, a pé ou de jumento, ele foi e cumpriu a missão dele. Mas, e nós? Temos utilizado todos os recursos que dispomos nos dias de hoje para falar do Reino?

Sempre estive bastante envolvida em questões ministeriais, vi e participei de diversos projetos evangelísticos, impactos, vigílias, entre outras atividades. Mas, minha primeira experiência de levar a mensagem do Reino de Deus por meio da Internet, foi em 2008, quando com autorização da liderança criei o Blog da Mocidade Lagoinha. Comecei a fotografar os cultos e eventos dos jovens e anotar as palavras ministradas. Ali, fazia breves resumos para possibilitar àqueles que gostariam de estar fisicamente na igreja e não podiam, seja por morar em outra cidade/estado ou porque não tiveram como ir ao culto naquele dia, e assim, dar a chance de receber "um pouquinho" do que recebíamos ali em nossa igreja local.

Isso começou a arder em meu coração de uma maneira tão grande que comecei a pesquisar cada vez mais sobre redes sociais. Comecei a estudar e implementar estratégias de Gestão de Conteúdo especificamente para o público digital. Assim, passei pela Comunicação da Lagoinha e a assessoria de imprensa (comunicação) de vários nomes como André Valadão, Diante do Trono, Nívea Soares, Mariana Valadão, Thalles, entre outros. Fui aprendendo na teoria e na prática sobre a importância do uso adequado de cada rede social.

Quando falamos de uso adequado, soa como regras de certo e errado. Mas, não é puramente isso. A questão é, será que nossas igrejas, ministérios e nós como cristãos temos utilizado cada canal digital da maneira correta? Você entende por que precisa ter um site ou blog? Sabe que é importante produzir conteúdo específico para cada rede social? Você sabia que as redes sociais possuem características bem diferentes e que o conteúdo errado no lugar errado não terá resultado? Sabia que o número de seguidores e likes não são sinônimo de "sucesso" na Internet?

É exatamente por isso que tenho levado há cinco anos, por onde tenho ido, este papo sobre "Mídias Sociais na Igreja". Desde então dou aulas sobre isso em três instituições diferentes e encontrado pessoas que entenderam a importância de utilizarmos as ferramentas certas e da maneira correta. Falo da importância de encontrarmos o ponto de equilíbrio na vida ON e OFFline. Refletirmos sobre a segurança pessoal e o excesso de exposição na Internet, bem como, de estratégias de Comunicação para falarmos com eficiência com o público, seja nas Igrejas, seja na WEB.

Quando falo de Mídias Sociais na Igreja, não estou apenas incentivando que as igrejas e ministérios estejam na Internet. Nem mesmo saiam criando perfis em todas as redes sociais. Mas sim, refletir sobre o alcance destas ferramentas, da eficiência e de como podemos alcançar ainda mais pessoas, além daquelas que temos alcançado em nossas igrejas locais e vizinhanças. Muitas vezes pela Internet, sua mensagem irá alcançar alguém que nunca pisaria em uma igreja. Já parou para pensar nisso? Eu penso todos os dias. E em nossa responsabilidade de ter algo tão extraordinário nas mãos e que usamos com tão pouco zelo. Espero um dia poder falar com você, nobre leitor que leu o texto até aqui, pessoalmente sobre isso. "Ide, por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16.15).

Fonte: http://www.elisamancio.com.br/2015/03/artigo-midias-sociais-na-igreja.html

Elis Amâncio
Posted: 29 Jul 2015 09:46 AM PDT

Excluindo "amigos" do Facebook

Lembro quando recebi convite para o Orkut ainda no início de 2004, um famoso site de relacionamento - como dizia a imprensa quando se referia à ele. A dinâmica girava em torno de ter muitos amigos e conhecer gente do mundo todo. Quanto mais o tempo passava, mais as pessoas pensavam - inclusive eu - que era importante ter muitos amigos. 

"Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar", já dizia 
Roberto Carlos

Mas a verdade é que o Orkut só te permitia ter no máximo mil amigos... E quantas pessoas criavam perfis 1, 2 e 3 por terem mais do que mil amigos em cada perfil?!? (What?)O tempo passou e tantas outras redes sociais surgiram (no contexto de Brasil). Lembro que o Orkut ainda estava no auge quando no início de 2009 criei meu perfil no 
Facebook e Twitter.

Ao chegar no Facebook encontrei apenas quatro amigos do Orkut que já estavam ali. As pessoas no Brasil odiavam o Facebook. As 
comunidades virtuais continuavam em alta no Orkut e acredito que as atualizações do Face (dá licença, sou íntima da rede) trouxeram essa nova audiência aos poucos, principalmente do segundo semestre de 2011 para cá.

Uau, quanta volta para falar sobre "excluir amigos". A verdade é que ao chegar no Facebook convidei todos os meus quase mil amigos do Orkut para a "novidade". Aos poucos eles foram migrando, trazendo outros amigos e indicações. Confesso que ainda pensava como no Orkut: "quanto mais amigo melhor".

Até que um dia... em meados de 2010 essa infinidade de amigos (pois o Face possibilita até 5mil) começou a me trazer alguns constrangimentos. Enquanto o Facebook criava as fanpages, chamadas no Brasil de Páginas, comecei a entender a dinâmica de uma maneira bem diferente. "
Eureka! Quanto mais amigos selecionados melhor!!!"

Ali nasceu um novo processo de terapia para o meu dia a dia. A cada vez que me deparo com um engraçadinho que posta uma foto obscena, uma piada de mau gosto ou mensagem preconceituosa, tenho o imenso PRAZER de ir ao perfil do "dito cujo" e "desfazer a amizade". 

Deixando de seguir "amigos" no Twitter, o famoso "unfollow" - o meu Twitter está em Espanhol (risos)

Deixando de seguir "amigos" no Twitter, o famoso "unfollow" - o meu Twitter está em Espanhol (risos)
Pode soar cruel, mórbido ou humor negro. Podem chamar do que for, mas o meu maior prazer hoje no Facebook (e outras redes sociais: Twitter, Instagram, Linkedin, Pinterest, e afins.) é excluir amigos, os maus amigos, aqueles que não oferecem conteúdo do meu interesse. Acredito que uma das grandes conquistas da Internet é poder escolher quem você quer seguir, seja pela relevância do conteúdo, amizade ou admiração.

Amizades precisam ser sadias, inclusive nas redes sociais. De que adianta ter um milhão de amigos, mas sequer nunca ter trocado uma mensagem com ele? Cada vez mais tenho feito este filtro. E que me perdoem os carentes que não gostam de serem "excluídos" ou levarem "unfollow", mas a realidade é que precisamos ser cada vez mais nós mesmos do que criar avatares e estereótipos virtuais.

Vejo muita gente que conheço nas redes sociais que são tão perfeitos, inteligentes, engajados e concentrados em seus perfis, mas que pessoalmente, não conseguem falar um frase coerente. Temos vivido a era da inteligência digital, do compartilhamento, mas também a era da imbecilidade. Ouvi diversas vezes a frase que "menos é mais". E sinceramente? É mesmo.

Sair emitindo a opinião de tudo quanto é assunto, compartilhando tudo quanto é foto e curtindo qualquer bobagem postada te faz um consumidor e disseminador de conteúdo duvidável, no mínimo. Se você leu esta crônica até aqui, posso falar abertamente... Claro, amo Internet, tecnologia e redes sociais - quem convive comigo sabe disso muito bem - mas estou cada vez mais seletiva com as pessoas que fazem parte das minhas redes.

Todos reclamam da falta de tempo e da correria... mas já parou para pensar em quantas horas por mês você perde lendo informação, vendo vídeos ou fotos totalmente SEM IMPORTÂNCIA? Precisamos ser mais seletivos sim. Time is money? Não apenas isso, mas tempo é conhecimento. Não troque sua vida real pela virtual simplesmente.

Conheço muita gente, não tenho um milhão de amigos =) mas já fiz amigos pela Internet que conheci pessoalmente depois, já reencontrei amigos que conheci há muitos anos pessoalmente e que agora estão na Internet, já aprendi (e aprendo) muito com palestras, cursos e mensagens em vídeo que estão no YouTube, já me diverti vendo vídeos engraçados (amo o canal Improvável, ótimo para aliviar o stress #ficadica) e tenho amigos virtuais que talvez nunca encontre pessoalmente, mas tenho um carinho muito especial. Mas a questão é... até que ponto você deve consumir todo esse conteúdo, seguir e ser seguido por toda essa gente e também dar intimidade para as pessoas?

Quantas vezes sinto que minha privacidade foi invadida? Por outro lado, até que ponto exponho minha vida? Vivi diversas situações com pessoas que pegam meu telefone, MSN (graças à Deus que ele tem os dias contados) ou meu email e se acham íntimos, no direito de até me questionar sobre meus trabalhos e meus clientes?

E se de repente, já te exclui da minha "rede", entenda, a Internet te dá liberdade para seguir quem você quiser, mas isso não obriga o "outro" a te seguir. Direito de ir e vir? Sim, também nas ondas digitais. Faz parte da vida lidar com perdas, inclusive, as virtuais. Não #morra porque alguém te excluiu ou deu unfollow, mas entenda que é direito da outra pessoa escolher. 

Por isso, caros amigos, me perdoem a confissão, mas realmente AMO excluir amigos no Facebook. É como tirar tudo que está dentro do armário para fora e ir guardando somente o necessário, organizado, tudo limpo e claro. Tenha o cuidado de manter por perto pessoas coerentes, sinceras e que curtem você. Corra de pessoas mal humoradas, invejosas, pessimistas e mentirosas. Já percebeu como é deprimente seguir determinadas pessoas que "tudo" para elas está ruim? #PenseNisso

Pratique o desapego! Pratique excluir amigos no Facebook! É uma terapia e tanto, precisam tentar!

"A ninguém te mostres muito íntimo, pois familiaridade excessiva gera desprezo", by Tomás de Aquino, via Danilo Fernandes no Twitter.

#FicaDica =) http://www.elisamancio.com.br/2012/11/cronica-terapia-virtual-excluindo.html

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