23 abril 2015

BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS


BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS


Posted: 22 Apr 2015 08:00 PM PDT



A Singularidade da Palavra de Deus


A Bíblia é única. Não existe livro no mundo como ela. Ela cobre um período de 1.600 anos (de 1500 a.C. até 100 d.C.) e foi escrita por 40 homens diferentes de todas as condições de vida. Alguns eram reis, sacerdotes e profetas; outros eram simples pescadores e agricultores. Alguns possuíam alto grau de educação formal, como Moisés e o apóstolo Paulo; outros não tinham nenhuma educação formal.
Mais de 3.000 vezes, esses homens afirmaram que o que escreviam vinha diretamente de Deus (Moisés: Êx 17.14; Êx 24.4; Êx 34.27; Paulo: 1Co 14.37; Pedro: 2Pe 1.16-21; João 1Jo 4.6). Tão completamente impossíveis quanto possam parecer estes fatos, os registros falam por si mesmos.
Jesus declarou que o Antigo Testamento é a Palavra de Deus (Mt 5.17-18; Mt 24.15; Lc 24.44; Jo 10.35). Ele confirmou as autorias de Moisés, do rei Davi, e dos profetas Isaías e Daniel. Ele validou a verdade de eventos históricos, tais como a criação de Adão e Eva por Deus, Noé e o Dilúvio universal, a destruição de Sodoma e Gomorra, e Jonas sendo engolido por um grande peixe.
Quando tentado pelo Diabo, Ele não respondeu com Suas próprias palavras de sabedoria, mas contrapôs cada tentação com um "Está escrito", seguido por citações das Escrituras hebraicas (Mt 4.4,7,10).
Em Lucas 4.25-27, Jesus confirmou os milagres divinos registrados na Bíblia hebraica e, relativamente à revelação do Antigo Testamento, Ele afirmou: "Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til passará da Lei, até que tudo se cumpra" (Mt 5.18). Em outras palavras, Jesus afirmou a inspiração, a infalibilidade e a exatidão das Escrituras hebraicas.
Os livros do Antigo Testamento foram canonizados no decorrer da história de Israel e divididos em três seções: o Pentateuco (os cinco Livros de Moisés), os Profetas, e os Escritos. Jesus aceitou essas três divisões e os livros nelas contidos como a Palavra de Deus (Lc 24.44); e Ele ensinou a autoridade, a confiabilidade, a unidade, a clareza, a suficiência, a historicidade, a inspiração, a revelação, a inerrância, a infalibilidade, e a indestrutibilidade do Antigo Testamento.
Uma maneira segura de se provar a precisão e a veracidade da Bíblia é analisar as profecias das Escrituras hebraicas. O número de eventos preditos pelos profetas é enorme, e os próprios eventos são tão específicos que só poderiam ter sido conhecidos e revelados por Deus.
O pastor e teólogo Mark Hitchcock escreveu:
Diferentemente dos profetas autoproclamados de ontem e de hoje, tais como Nostradamus, Edward Cayce, ou Jeanne Dixon, Jesus e os profetas bíblicos não mascatearam predições tão vagas e gerais que podem se ajustar a qualquer situação. As profecias registradas na Bíblia são muito precisas e tão específicas que, quando cumpridas, fica muito claro que existe algo único e especial sobre elas. (...) Mais de um quarto da Bíblia foi profético no momento em que foi escrito. A Bíblia é um livro de profecias. Ela contém cerca de 1.000 profecias, das quais cerca de 500 já foram cumpridas em seus mais ínfimos detalhes. Com este tipo de registros provados – 500 profecias cumpridas com 100% de exatidão – podemos crer com confiança que as restantes 500 profecias ainda por serem cumpridas também o serão, em seu devido tempo. (...) A profecia é a prova mais digna de crédito com relação à singularidade e inspiração divina da Bíblia. (...) Profecias cumpridas também demonstram que o conteúdo da Bíblia não é obra das mãos de homens, mas, pelo contrário, tem suas origens fora de nosso próprio continuum de tempo e espaço.[1]
Por exemplo, 25 escritores judeus forneceram profecias na língua hebraica apresentando detalhes da vida e do ministério do Messias. O Messias é a única Pessoa na história cujos ancestrais, nascimento, caráter, ensino, carreira, recepção, rejeição, morte, sepultamento e ressurreição foram descritos previamente, registrados pelo menos 500 anos antes de Seu nascimento. Jesus Cristo se encaixa claramente em todas as profecias, inclusive naquelas que previram o local do nascimento do Messias (Mq 5.2; Mt 2.1), a maneira de Sua morte (Is 53.8; Lc 23.46) e Sua ressurreição (Sl 16.10; At 2.29-32).
Existem também inúmeras profecias relacionadas à ruína de Israel (Dt 28.15-68) e à sua restauração (Ez 36.25-37.28). Algumas já foram cumpridas e outras serão realizadas.

Como você sabe que a Bíblia que nós temos hoje é a Palavra de Deus?


Uma maneira segura de se provar a precisão e a veracidade da Bíblia é analisar as profecias das Escrituras hebraicas. O número de eventos preditos pelos profetas é enorme, e os próprios eventos são tão específicos que só poderiam ter sido conhecidos e revelados por Deus.
Primeiro, os escribas judeus foram meticulosos em copiarem o texto hebraico e contavam cada letra que escreviam. Se um erro fosse cometido, o texto não era corrigido, mas imediatamente descartado. A nação de Israel colecionou e preservou com exatidão os manuscritos da Lei de Moisés e dos Profetas através dos séculos (Dt 31.26; 1Sm 10.25; 2Rs 23.24; Ne 9.14,26-30; Dn 9.2,6,13).
Segundo, os Manuscritos do Mar Morto proporcionaram evidências desta extraordinária preservação. Por exemplo, o Livro de Isaías – descoberto em sua inteireza dentro dos antigos Manuscritos do Mar Morto, que datam de 125 a.C. a 100 a.C. – contém o mesmo texto de Isaías que possuímos em nossa Bíblia hoje.
O mesmo pode ser dito a respeito da inspiração e da infalibilidade do Novo Testamento, que foi escrito depois que Jesus ascendeu aos céus. Jesus disse que o Espírito Santo guiaria os apóstolos para escreverem o conteúdo do Novo Testamento (Jo 14.25-26). O Espírito Santo supervisionou a revelação que os apóstolos escreveram, fornecendo o conteúdo e garantindo a precisão do Novo Testamento.

Como cada livro foi selecionado para fazer parte do cânon do Novo Testamento?

Havia pelo menos quatro questões básicas que tinham que ser respondidas com um "sim":
  1. Foi escrito por um apóstolo, ou o escritor tinha relacionamento chegado a um apóstolo, como Marcos e Lucas?
  2. O conteúdo era de alto caráter espiritual, que merecesse estar incluído entre os outros livros escritos pelos apóstolos?
  3. A Igreja universalmente aceitava o livro?
  4. O livro trazia evidências internas de ser inspirado?

E o que dizer dos textos variantes no Novo Testamento?

Norman L. Geisler, estudioso da Bíblia, escreveu:
Quando uma comparação dos textos variantes do Novo Testamento é feita com alguns dos outros livros que sobreviveram desde a Antiguidade, os resultados são impressionantes. (...) À luz do fato de que há mais de 5.000 manuscritos gregos, cerca de 9.000 versões e traduções, a evidência em favor da integridade do Novo Testamento está mais que comprovada. (...) Assim, o Novo Testamento não tem apenas sobrevivido em mais manuscritos do que qualquer outro livro da Antiguidade, como também tem sobrevivido de uma forma muito mais pura do que quaisquer outros grandes livros, sejam eles obras sacras ou não, uma forma que é mais do que 99% pura.[2]
Com o passar dos séculos, tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento têm sido submetidos a extensas análises microscópicas realizadas por renomados cientistas, que se especializaram em história bíblica, literatura, gramática e arqueologia. Embora alguns críticos textuais tenham apontado o que eles consideram discrepâncias, erros e contradições na Bíblia, séculos de análises criteriosas nunca provaram conclusivamente que o texto bíblico esteja errado. Embora os textos variantes existam entre as cópias, eles são de pouca importância e se relacionam à ortografia e à ordem de palavras. Eles não afetam a doutrina principal das Escrituras.
Ter 40 autores diferentes, durante um período de 1.600 anos, que escreveram um livro unificado, sem erro nem contradição, é fato único tanto na história antiga quanto na história moderna.
A Bíblia é única em sua história, mensagem, universalidade, influência, profecias cumpridas, preservação, poder de transformar vidas, e testemunho em toda a história. A supervisão e a preservação providencial de Deus nos dá segurança de que hoje possuímos a Palavra de Deus verbal, inerrante e infalível. Ela permanece única como o Livro mais singular de todos os tempos. E assim permanecerá para sempre. (David M. Levy - Israel My Glory -http://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. Mark Hitchcock, The Amazing Claims of Biblical Prophecy [As Fantásticas Afirmações da Profecia Bíblica] (Eugene, OR: Harvest House, 2010), 8.
  2. Norman L. Geisler e William E. Nix, From God to Us: How We Got Our Bible [De Deus Para Nós: Como Obtivemos a Nossa Bíblia] (Chicago: Moody Press, 1972), 180-181. 
David M. Levy
Posted: 22 Apr 2015 05:31 PM PDT



Wallace Oliveira Cruz

Posted: 22 Apr 2015 04:47 PM PDT

Não é de hoje que os arminianos, buscando se esquivar das consequências negativas de sua soteriologia, reivindicam aos brados que sua teologia jamais ensinou salvação por graça e também por obras. Esses arminianos argumentam que "a salvação na soteriologia arminiana decorre, como ponto de partida, da ação da graça de Deus que capacita os homens para que estes se tornem aptos a responder positivamente a ordem do evangelho no que tange ao arrependimento". E acrescentam que "é falso afirmar que a fé (não-resistir a graça), seja uma obra para salvação". Considerando tais argumentos, buscaremos respondê-los demostrando que, de acordo com a Escritura, a fé ou a não-resistência não são obras PARA a salvação, mas que ao mesmo tempo, tais ações são boas por definição, e que estas boas ações, no arminianismo, tornam-se a causa da eleição e salvação, e não a consequência.

É necessário primeiramente enfatizar a verdade de que a fé é um dom de Deus (Ef 2:8). Colocar a confiança em Cristo é uma capacidade dada por Deus, visto que o homem natural não pode exercer nenhuma boa ação para a salvação sem que antes o próprio Deus o capacite para tal. Esta verdade é crida não somente por calvinistas, mas é também aceita e defendida por arminianos. O que vai diferenciar os primeiros destes últimos é que, enquanto os primeiros (calvinistas) defendem que a aplicação da graça é irresistível naqueles que foram eleitos por Deus, estes últimos (arminianos) irão defender uma graça preveniente que pode ser resistida por todos. Já demostramos a incoerência da graça preveniente arminiana no texto "A incoerência da graça prevenientee da regeneração parcial no arminianismo". E já fizemos uma breve defesa da graça irresistível e sua aplicação no ato salvífico no texto "Respostas à algumas objeçõescontrárias à doutrina da graça irresistível"


Dirá o arminiano: "o ato de não resistir à graça não é uma obra para a salvação".


Resposta: A primeira coisa que devemos entender é que a ação de "não resistir a graça" é, por definição, uma boa obra, então quando se crê que somos salvos pelo fato de "não termos resistido" estamos colocando a causa de nossa salvação a essa boa ação que é "não resistir a graça". Desta forma, a salvação na cosmovisão arminiana é por graça e por boa obra, pois o não resistir é uma boa obra, e não uma má obra. É no calvinismo que de fato a fé bíblica e a ação de não resistir não são obras PARA alcançar a salvação. No arminianismo, a não-resistência e a fé tornam-se boas ações PARA se obter a salvação, e não boas ações como EFEITOS da eleição para a salvação. Ademais, a salvação no arminianismo sendo uma ação a priori de Deus, não muda o fato de que ainda assim a efetivação dela dependa totalmente da decisão do homem. Neste sentido, podemos entender que Deus precisa da ajuda do homem para que a salvação se torne efetiva. 


No calvinismo é diferente, a "não resistência" é consequência da eleição. Logo, quaisquer atitudes do homem (capacitado pela graça) tais como fé, arrependimento, e não-resistência, não são tidas como as CAUSAS da salvação. A CAUSA única seria a SOBERANIA DE DEUS quando elegeu certos homens para a fé, a não-resistência e o arrependimento. De forma que, no calvinismo, a causa da salvação não é a boa ação da não-resistência, mas sim A ETERNA DECISÃO DE DEUS de eleger para a boa ação da não-resistência. Como também, as ações de não-resistir, o arrependimento e a fé,  distinguem eleitos de não-eleitos. Estas ações demostram a eleição, o que é diferente de dizer que são CAUSAS DA ELEIÇÃO E SALVAÇÃO. Logo, não há salvação por boas ações no calvinismo. Já no arminianismo, essas boas ações CAUSAM A ELEIÇÃO de forma que a salvação é alcançada  por graça e boas ações.


Dirá o arminiano: "mas a fé nunca é vista na escritura como uma obra, mas sempre em oposição às obras".


Resposta: Claro, mas ela é sempre posta em oposição às boas obras que eram tidas por alguns (em especial judeus) da igreja primitiva como as CAUSAS da salvação. Estas obras seriam o que o Apóstolo Paulo denomina de "obras da Lei" (Gl 3:10). Era da preocupação dos Apóstolos, em especial do Apóstolo Paulo, demostrar que a salvação não era confirmada pelo guardar da Lei, mas sim pela fé como dom e fruto da eleição (At 13:48, Ef 2:8). Entretanto, a fé salvífica é, por definição, uma boa ação que leva inevitavelmente a outras BOAS ações as quais Deus também preparou para que, desde a fundação do mundo, andássemos nelas (Ef 2:10). Como já frisado aqui e em outros textos nossos,  é preciso notar que tais boas ações são resultados da ação prévia de Deus, o que se conhece por eleição. De forma que os arminianos jamais poderão acusar a soteriologia calvinista de defender salvação por boa obra, visto que essas boas ações, na soteriologia calvinista, não são CAUSAS, mas efeitos da eleição . 

O arminiano ainda poderá dizer: "Na teologia de Armínio, a graça preveniente é a causa última da resposta positiva ao evangelho". 

Resposta: Não. A causa última se encontra na volição positiva deste homem como resposta à ação capacitadora da graça preveniente. O papel da graça no arminianismo é capacitador. A graça preveniente é derramada sobre todos os homens para que estes se tornem capazes de crer em Cristo. Mas, a causa final da salvação se encontra na resposta destes homens, isto é, na não-resistência (obediência) ao evangelho. Na visão arminiana o homem é senhor de seu destino e eleição. Nesta visão, Deus não pode ser o Senhor da história, pois é apenas um sujeito que atua preso às decisões destes homens. Que tipo de Senhor da história é este que se encontra preso àquilo que os homens decidem? Que tipo de soberania é esta que encontra-se algemada ao querer humano? E não adianta usar o argumento de que Deus limitou a sua soberania, pois não há nenhuma passagem bíblica que confirme isto; muito pelo contrário, existem várias passagens bíblicas que confirmam o governo soberano de Deus sobre todas as coisas (Is 46:10, Sl 115:3, Dn 4:35, Pv 21:1, 16:33 etc)

Conclusão

Desta maneira entendemos que: em um sentido a fé não é obra, mas em outro sentido ela é sim uma obra. Ela é uma boa obra no sentido de que não é uma má ação crer que Cristo é o Salvador; porém não é uma boa obra no sentido de ser uma ação humana e CAUSATIVA da salvação, mas sim uma boa atitude como um dom dado por Deus aos seus eleitos (Ef 2:8, At 13:48). Entendemos também que: sendo a ação de "não resistir a graça", por definição, uma boa obra, e ainda assim crermos que somos salvos pelo fato de "não termos resistido", estamos, desta forma, colocando a causa de nossa salvação a essa boa obra que é "não resistir a graça". De forma que, diante de tudo o que foi esclarecido, podemos logicamente concluir que a salvação na cosmovisão arminiana é POR GRAÇA E POR BOA OBRA.


Soli Deo Gloria!

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