12 março 2015

TRÊS PREGOS E UM MARTELO



Três  pregos  e   um   martelo  foram   suficientes para consumar o acontecimento mais  importante da história da humanidade.  Um acontecimento que, depois  de  dois   mil  anos,  ainda   influi   poderosamente na vida de todas as pessoas,  incluindo eu e você.


Imagine-se no princípio do século l da nossa era e procure reconstituir em sua mente a cena que descreverei:

Estamos na Palestina, nos arredores da cidade de Jerusalém.   No topo dum monte sem vegetação estão plantadas três cruzes de madeira rústica. Ne­las agonizam os condenados, contorcendo-se,  torturados pelas dores atrozes que este tipo de suplício produz.   O sangue escorre das feridas abertas nas  mãos  e  nos  pés,  e  embebe  a terra   árida  e quente.   O calor é escaldante;  o sol  está  a  pino; o ar, parado.   Nem uma leve brisa a suavizar o fogo da febre que consome os crucificados.

O sofrimento é indescritível. Não pelos pregos, que os ferimentos não são mortais. Ninguém mor­re da crucificação. O que atormenta é a febre alta, as cãibras violentas, a sede terrível, a posição incó­moda, a gangrena que logo toma conta, e sobretudo a vergonha de ser transformado em alvo dos olhares duma multidão de curiosos.

Os soldados, terminada a  montagem do espetáculo que o governo romano ordenou  para exe­cução da sua justiça inflexível, repartem entre si as roupas retiradas dos condenados, um reforço ao magro soldo que o Império lhes dá.  Em volta, uma multidão barulhenta de homens e mulheres, gente de todas as idades, naturais da terra e estrangei­ros, todos sedentos de sangue e novidade, deleita-se com os gemidos lancinantes que a cada instante cortam o espaço.

Embora fossem comuns os espetáculos de cru­cificação, castigo que os romanos inventaram para punir os crimes mais nefandos, este apresenta uma novidade: além da multidão variada que o pre­sencia, estão ali também as principais autoridades religiosas do país.

E mais estranho ainda é que elas, sempre hostis aos romanos, agora estão solidárias com os dominadores, apoiando com entusiasmo a morte de um dos condenados, o do centro. É a ele que se diri­gem as atenções de todos.   Alguns olham para eles e enxugam lágrimas quentes e sentidas, especial­mente umas mulheres, entre as quais uma prema­turamente envelhecida, cuja face macilenta revela profunda dor.

Ele mesmo é diferente. Parece suportar com re­signação incomum aquele doloroso suplício. Este, sofrendo atrozmente, mas não protesta nem blasfema como os outros. Pelo contrário, recebe com paciência os insultos pesados e a chacota das auto­ridades, antes circunspectas e respeitáveis, agora fazendo uma algazarra que demonstra haverem perdido todo o respeito próprio. Seu corpo nu apre­senta sulcos profundos nas costas, abertos pelas vigorosas chicotadas que lhe mandaram aplicar; no rosto, manchas de fortes pancadas; a fronte, salpicada de sangue das feridas feitas por uma co­roa de espinheiro que lhe puseram na cabeça.

Suspenda agora esta leitura, feche os olhos e imagine a cena. Sinta-a em sua crueza, considere-se um dos seus espectadores. Imagine-se ali, diante daquelas três cruzes, no meio da multidão.

Quem é aquele condenado? Que crime prati­cou? A tabuleta no alto da cruz explica: "Jesus nazareno, o rei dos judeus". O comandante da guarda, ao ver como ele morria, exclamou: "Na verdade, este homem era justo".

Se era justo, por que foi crucificado? Se era justo, por que sofreu tanto? A chave do enigma é um homem chamado Barrabás, que está no meio da multidão, e contempla com espanto aquela cruz. Barrabás repete para que todos ouçam: "Ele mor­reu em meu lugar. Era eu que devia estar naquela cruz. Ele morreu por mim".

Barrabás era um malfeitor e assassino; estava condenado à crucificação; mesmo assim, quando ia pagar seus crimes, Jesus tomou seu lugar.

Barrabás sou eu. É você. é cada ser humano. "Todos pecaram", diz Deus. Eu pequei. Você pe­cou. Todos pecaram. E Jesus morreu pelos peca­dores, como eu e você. Ele mesmo disse que ia morrer, que ia dar a sua vida pelos pecadores. Po­deria ter escapado da cruz, mas não quis, porque nos amou. Por amor a nós ele se esvaziou da gló­ria do céu, tomou a forma humana, viveu entre os homens, e caminhou voluntariamente para a morte na cruz.

Se ele não morresse, Barrabás teria de morrer. Aquela cruz não ficaria vazia: Jesus ou Barrabás; Jesus ou eu. Jesus ou você.

Talvez você recuse confessar, mas é pecador. E Deus declara que "O salário do pecado é a mor­te". Morte eterna, isto é, o fogo do inferno, que existe e não adianta negar. Uma eternidade de so­frimento para quem não quiser ser substituído por Jesus. Ele, que nunca pecou, pôde sofrer pelo meu pecado, pelo seu pecado, pelo pecado de todos. Por­que Ele era justo. Não tinha culpa própria para precisar sofrer o respectivo castigo.

Todavia, a morte na cruz em lugar do peca­dor não foi o fim de Jesus. Quando Ele anunciava aos seus seguidores a sua própria morte, sempre deixava claro que havia de ressuscitar ao terceiro dia. É que Ele era o próprio Deus em forma hu­mana e portanto a morte não o poderia reter.

"Ele ressuscitou!", foi a boa-nova que começou a circular naquela manhã ensolarada de domingo e continua a espalhar-se pelo mundo inteiro, como a maior mensagem de esperança que ouvidos humanos já ouviram.  A vitória de Jesus Cristo sobre a morte foi a nossa vitória também pois, como diz a Bíblia, Ele morreu "pare que, por sua morte, destruísse aquele que tem  o poder da   morte,  a saber, o diabo, e livrasse a todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida".

***

Foi por isso e  para isso que Jesus morreu. Mor­reu e ressuscitou. E agora é você quem escolhe. Reconheça os seus pecados, arrependa-se deles, re­solva abandoná-los, confie na promessa da Bíblia que diz: "O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado", e lhe acontecerá o mes­mo que a Barrabás e a mim: você será salvo da morte eterna, do inferno, porque Jesus morreu em seu lugar e ressuscitou dos mortos para fazê-lo vito­rioso sobre a morte.

Decida. É uma oportunidade que não deve pas­sar. Oferecemos-lhe todo o nosso apoio, porque estamos prontos a ajudá-lo a mudar completamente o rumo da sua vida e manter-se vitoriosamente nessa nova vida. Vida que brota daquela morte que três pregos e um martelo consumaram. Vida em Cristo.
T.L.
( Pastor Tiago Lima- nota do compilador) 
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