01 outubro 2014

A Fé Começa em Casa – Reconciliação





"Tudo isso é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigos dele. E Deus nos deu a tarefa de fazer com que os outros também sejam amigos dele" (2 Coríntios 5:18)

Um coração machucado e ferido gera competição e orgulho. A ferida passa a ficar explícita através de uma postura arrogante e competitiva que busca contrabalançar a insegurança interna. Estas feridas podem ser poderosa fonte de inspiração e trabalho, apesar de serem uma motivação errada.

Na Palavra de Deus nós vemos o caso de Jefté (Juízes 12), que era um guerreiro valente e corajoso, mas seu passado era muito ruim. Ele era filho de uma prostituta e foi deserdado pelo pai a pedido dos seus meio-irmãos.

Jefté tinha uma ferida muito grande dentro de si, a ponto de fazer muitas exigências quando foi chamado para guerrear em nome de Israel. A sua ferida produziu uma força extraordinária, pois dizia a si mesmo que venceria a todo custo para provar a todos de que era digno e capaz.

Outras pessoas, devido às feridas, sentem-se extremamente inferiores aos demais, sentindo-se incapazes de vencer, devido ao "peso" de suas dores.

Superioridade e inferioridade podem ser dois extremos da mesma situação, a chamada compensação da ferida.

Nós sempre procuramos compensar nossas dores em vez de tratarmos as nossas dores. Aí está a razão de tantos males que padecemos e o motivo pelo qual nossa casa e família muitas vezes sofrem tanto. É pelo simples fato de que não perdoamos e não vamos a Deus pedir perdão para termos nossa paz restabelecida.

O orgulho é a casca que cobre esta ferida não curada. Para seguir a vida, precisamos competir com os demais para que nossa balança emocional se equilibre.

Alguns gostam de sentirem-se prediletos, superiores, donos da verdade e do mover de Deus, o melhor nisto e naquilo. A competição levará à divisão como um efeito colateral do seu uso indiscriminado.

Assim é que aparecem os filhos pródigos que sacrificam toda sua herança numa síndrome de maioridade e maturidade que levam a uma vida independente.

Nosso orgulho nos leva a sacrificar a submissão a nossos pais e líderes espirituais e nos tornamos órfãos, sem identidade e sem destino. Outros crescem um pouco e se acham melhores que seus líderes e através de um processo doloroso de críticas e discordâncias vão embora e tentam reiniciar suas vidas. Quem assim faz repete o que Lúcifer fez lá nos céus.

Quando os pais estão na situação que descrevemos, há uma necessidade do marido e/ou da esposa de serem melhores do que o outro, é a competição gerada pelas feridas que carregam em seus corações.

Os filhos ficam assistindo esta situação e aprendendo com elas, num processo de propagação da ferida para a próxima geração.

Estes cônjuges muitas vezes não possuem bom relacionamento com seus familiares e acham que estão gerando uma família unida, falando de unidade mas agindo com competição e orgulho. Quando seus filhos crescem, tenderão a mostrar que são melhores que seus pais, pois competirão com estes.

Certo filho, nesta situação, passou a agir com rebeldia e despertar a fúria em seus pais, por destratá-los e agir com desacato e desrespeito. Na verdade sua atitude refletia seu desespero em se sentir amado e inserido no contexto familiar.

Depois de algum tempo, seu pai, desejando consertar a situação foi conversar com ele que estava de saída no momento em que era esperado que ficasse em família. A conversa foi ficando quente e sentimentos começaram a ser despertados de ambos os lados. O pai pensou que não restava outra opção senão dar um tapa no rosto do seu filho, tamanho o desacato e desrespeito.

Mas sua esposa estava observando a situação e orando por eles. Finalmente o pai conseguiu ouvir a voz de Deus que falava com ele para que não agisse com violência mas com humildade e perdão.

Através da intercessão, o pai nem chegou a levantar sua mão contra o filho, mas pediu perdão a ele por ter despertado nele sentimentos de rejeição e falta de amor.

A conversa tomou outro rumo e terminaram abraçados, orando um pelo outro em prantos.

O amor e a humildade quebram todo o orgulho e competição, gerando reconciliação, unidade e comunhão.

"Pai celestial, cura minhas feridas e dores. Desejo ser reconciliado contigo por intermédio de Cristo Jesus. Que eu também seja um reconciliador de gerações. Te peço que venha trazer paz ao meu lar e à minha família para que a comunhão e o amor estejam presentes em nossa vida. Amém!"

Luis Antonio Luize

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