02 fevereiro 2013

Analisando Salmos 42:1




Salmo:42 V1 Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, oh Deus.
A corça ou o cervo é um animal de pequena estatura, arisco e de costume migratório e uma característica interessante: não suporta o confinamento. É um animal dotado de olfato privilegiado que lhe possibilita sentir cheiro de água a quilômetros de distância. É capaz ainda de perceber, metros abaixo da superfície a existência de um lençol de água.
Como é que a corça suspira e anseia pelas águas? É com desespero. Gritando, correndo, buscando, farejando. Com sede. Com olfato privilegiado para localizar a fonte certa. Continuamente, todos os dias. Não se permitindo acomodar e fugindo do confinamento. A corça pode ser encontrada facilmente junto às margens dos rios, é um ambiente seguro para fugir de seus predadores. A água é para a corça: vida, proteção.
E ali, junto ao poço de Sicar, ao meio dia, sob o sol "escaldante", estava a mulher samaritana. Como uma corça sedenta, buscava água do poço. Por muitos anos, seu interior estivera em sequidão. Ela buscava por justiça, porém não encontrava, era infeliz. Tivera cinco maridos, estava na sexta tentativa. Sofria preconceitos, a julgavam impura. Até que, ela teve um encontro com a Justiça. Jesus, a aguardava sentado junto ao poço. Ele se apresentou como a fonte de água viva, que iria transformar para sempre a vida da samaritana. Aleluia!
"Senhor, dá-me dessa água para que não mais tenha sede e venha aqui tirá-la" Jo 4:15

O "bramido da corça" foi ouvido, e ao receber Jesus em seu coração, se
arrependendo do seu passado, aquela mulher, renasceu. Tornou-se bem aventurada. O cântaro, que ela transportava para colocar água do poço, foi abandonado. Em uma tradução legitima de que havia bebido da água espiritual, satisfazendo sua sede. Todos os homens carregam "cântaros". Buscam "poços" para enchê-los. Alguns os enchem com vícios, drogas, prostituição, roubo, mentira, vaidades... Coisas impossíveis de saciar a sede. Pelo contrário, criam uma abertura no solo, a caminho do poço, pelas idas e vindas, até que enfim, o solo se abre e os consome.
Que o nosso bramido, a nossa intensa busca seja pelo alimento que não perece. Pela água que não cessa. Para que o "cântaro" frágil e raso, seja abandonado em troca de algo muito maior. Que esse seja o nosso suspiro, envolto em aroma suave de águas puras a banhar nosso ser, fazendo brotar novidade de vida. Jesus está sempre pronto para atender "o bramido das corças".

Um comentário:

  1. Precisamos, como a corça, sair e correr. Precisamos de olfato aguçado para ir na fonte certa, que é Cristo.
    Afinal de contas, existem fontes sem água (II Pedro 2:17), e nuvens sem água (Judas 1:12).

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