13 junho 2012

A máscara da adoração



A máscara da adoração

Por Ramon Tessmann

Por longo tempo fui um "fariseu" dentro da minha igreja. Usei e abusei da máscara da verdadeira adoração. A princípio esta máscara trouxe-me alguns "benefícios". Não me faltavam elogios, reconhecimento, respeito, admiração, veneração etc. Muitas das pessoas que me viram sobre uma plataforma cantando, tocando e dirigindo o louvor congregacional, pensaram estar frente a frente com um verdadeiro adorador. E eu realmente aparentava ser um verdadeiro adorador. Contudo, eu nunca havia sido aquela pessoa íntima de Deus, como eu declarava ser e como todos imaginavam que eu fosse. .
Para mim sempre foi fácil sustentar aquela linda imagem de adoração, afinal de contas, ninguém conhecia o meu verdadeiro estilo de vida. Todos conheciam apenas meu "lado adorador". Ninguém tinha profundo conhecimento sobre o meu relacionamento com Deus, o que, a propósito, eu sabia ocultar com extraordinário sucesso. Como diz o velho, mas não ultrapassado, ditado popular, "as aparências enganam!" É óbvio, ludibriam o homem, nunca Deus! O Novo Testamento deixa claro que os fariseus nunca conseguiram enganar a Jesus, por mais que tivessem a aparência de santos e sábios. Deus sonda e conhece os corações, não há como mentir para Ele!
Graças ao meu Amado Pai aos poucos fui me libertando desta terrível máscara, e ainda estou batalhando para prosseguir trilhando o caminho da verdadeira adoração. Este é o objetivo que todos os filhos de Deus deveriam almejar! Os verdadeiros adoradores não vivem de aparência, mas de convivência com o glorioso Deus! Quão maravilhoso seria se todos os cristãos entendessem esta verdade!
Infelizmente, a máscara de adoração está sendo muito utilizada em nossas igrejas, templos e círculos cristãos. É triste constatar que numerosos filhos de Deus não estão dispostos a pôr em prática aquilo que cantam, pregam, oram, declaram etc. Cantam esplendorosamente sobre a presença de Deus sem conhecê-la, pregam inteligentemente sobre o amor sem praticá-lo, falam habilmente sobre o Senhor, mas ainda não tiveram um contato com Ele. Caro leitor, sejamos francos. Nós, cristãos, falamos muito, e agimos pouco! Nós falamos mais do que podemos fazer! Numerosos cristãos costumam pregar uma coisa, e viver outra totalmente diferente. Esta situação precisa mudar urgentemente!
Isto entristece profundamente a Deus, pois este é o pecado da falsidade. Será que estamos sendo os "fariseus" de nossos dias? Lembre-se, os fariseus faziam as mesmas coisas e eram extremamente obedientes à lei. Apesar de oferecer uma falsa adoração, eram pessoas exemplares e aparentemente íntimas de Deus!
Há pastores e líderes cristãos que têm vergonha de dizer que são pecadores e que também erram. Eles não querem ferir sua reputação e passam a imagem de homens perfeitos aos seus discípulos, com o medo de que suas fachadas espirituais sejam desgastadas. Chegam ao cúmulo de não reconhecer perante o povo que são totalmente dependentes de Deus, devido ao seu horrendo orgulho.
Os "fariseus" de hoje se acham superiores aos outros e não querem ser humilhados. A propósito, o vocábulo fariseus significa separados. Na época de Cristo, eles não somente se separavam dos outros povos, como também dos outros israelitas, afinal de contas, eles tinham uma imagem a zelar. Mas mesmo sustentando aquela imagem de santos e sábios não conseguiram enganar a Jesus. Como já esclareci anteriormente, não há possibilidade alguma de conseguirmos enganar a Deus. Ele sonda os nossos corações e conhece o nosso íntimo. Não há como fugir de Deus. Nenhuma falsidade prevalecerá em sua presença! Sejamos verdadeiros adoradores!

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