20 novembro 2010

QUESTÕES SOBRE A LEI DO ETERNO E O SHABAT (SÁBADO) PARTE 01


QUESTÕES SOBRE A LEI DO ETERNO E O SHABAT (SÁBADO) PARTE 01


Publicado em: 16/11/2010
Por: Andfalcon
Metodista - Muriaé - MG



Shalom para todos!

É gratificante quando temos a oportunidade de esclarecermos coisas referentes ao Reino do Eterno. E é com esta satisfação que responderemos às questões que envolvem a Torah (Lei de D'us) nos escritos da Antiga e da Nova Aliança.

"1) O Antigo Testamento ou o Novo Testamento?
Resposta: A Bíblia diz que é o Novo Testamento - Leia-se 1 Co 11.25; 2 Co 3.1"

ESCLARECIMENTO: Estes textos mencionados tratam do estabelecimento da Nova Aliança. A Palavra do Eterno JAMAIS fez divisão entre os seus escritos, NÃO existe nenhuma base bíblica para se dividir as Escrituras em Antigo e Novo Testamento, isto veio do cristianismo de Constantino (Roma) para difundir a idéia de que "O ANTIGO FOI SUBSTITUÍDO PELO NOVO" . Nós devemos ter o entendimento de que a Bíblia possui escritos de duas alianças, os da Antiga e os da Nova, e elas se completam, interagem entre si.

"2) A Antiga Aliança ou a Nova Aliança?

Resposta: A Bíblia diz que é a Nova Aliança - Hb 12.24"

ESCLARECIMENTO: O estabelecimento da Nova Aliança JAMAIS anulou ou revogou a Antiga. O que o texto de Hebreus nos revela é a superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga (Hebreus 9:6-28), não porque tenha substituído a Antiga, mas por causa da Redenção do Messias, derramando o Seu Sangue, assim substituindo de uma vez por todas a forma sacrificial na Lei para a remissão de pecados (Hebreus 7:12,28) e revelando-nos o espírito (verdadeiro sentido) da Lei (2 Coríntios 3:6), para que também se cumpra a profecia dita por Jeremias: "Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, porquanto eles invalidaram o meu concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o SENHOR. Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo." (Jeremias 31:31-33).
"3) A Lei de Moisés ou a Lei de Cristo?
Resposta: A Bíblia diz que é a Lei de Cristo - Gl 6.2;
1 Co 9.21"

ESCLARECIMENTO: Disse Yeshua (Jesus): "Não cuideis que vim destruir a Torah ou os profetas: não vim revogar, mas plenificar. Porque na verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um yut ou um traço se omitirá da Torah, sem que tudo seja cumprido. " ( Mateus 5:17,18).

Não precisaríamos mais pesquisar nas Escrituras sobre a permanência da Lei quando lemos estas palavras do Filho de Elohim. Mas existe esta necessidade de esclarecimento para que muitos possam entender sobre o ensino prático da Lei pelo Messias, sem que, em nenhum momento, houve algo relacionado ao fim da Torah. Observem estas palavras: "...ATÉ QUE O CÉU E A TERRA PASSEM,..." o contexto está em Apocalipse 21:1 que diz: "E VI UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA. PORQUE JÁ O PRIMEIRO CÉU E A PRIMEIRA TERRA PASSARAM, E O MAR JÁ NÃO EXISTE."
"...NEM UM JOTA OU UM TIL SE OMITIRÁ DA LEI SEM QUE TUDO SEJA CUMPRIDO." Contexto em Apocalipse 21:6 que diz: "E DISSE-ME MAIS: ESTÁ CUMPRIDO; EU SOU O ALFA E O ÔMEGA, O PRINCÍPIO E O FIM. A QUEM QUER QUE TIVER SEDE, DE GRAÇA LHE DAREI DA FONTE DA ÁGUA DA VIDA."

Os textos de Apocalipse tratam do período após o Milênio de Yeshua.

Agora, sobre os termos "Lei de Moisés" e "Lei de Cristo", a Lei é e sempre será do Eterno, BENDITO SEJA ELE! Quando as Escrituras tratam da Lei como sendo "Lei de Moisés" não significa que ela foi estabelecida por Moisés. A "Lei de Moisés" é a Lei de D'us (Torah – Neemias 8: 1-18). A Lei do Messias (Cristo) é a Torah (Lei de D'us), ENSINADA, VIVIDA E PLENIFICADA POR ELE. O próprio rabino Sha'ul (apóstolo Paulo) se referiu a esta mesma Lei (Romanos 7:22,25).

"4) O Monte Sinai ou o Monte Sião?

Resposta: A Bíblia diz que é o Monte Sião - Gl 4.24-26;
Hb 12.18-24"

ESCLARECIMENTO: Em vários momentos da história, D'us fez alianças com o povo, ou com indivíduos. Existe uma grande diferença entre a aliança de Abraão e a aliança de Moisés. É em Abraão, não em Moisés, que serão benditas todas as nações. E como entramos na aliança de Abraão? Pela fé!

A aliança de Moisés é uma aliança para uma vida de santidade. Porém, ela não tem o poder de nos libertar de nossa natureza pecaminosa. Um dos motivos pelos quais ela foi dada foi exatamente para nos mostrar que sem termos parte na aliança de Abraão, é em vão fazer parte da aliança de Moisés.
Ou seja, de nada adianta tentarmos cumprir a Torah sem termos antes sido salvos em Yeshua. Será, na melhor das hipóteses, um exercício de futilidade. É contra isto que o rabino Sha'ul (apóstolo Paulo) fala. O alerta em Gálatas é de que temos que confiar em Yeshua para sermos salvos. Agora, uma aliança não anula a outra e se fazemos parte da aliança de Abraão, podemos também tomar parte na aliança de Moisés. Não mais como filhos de Hagar (escravos), mas como filhos de Sara, libertos pelo sangue de Yeshua e com sede de obediência a D-us, pois agora somos escravos da justiça de D'us.

Mas então por que Gálatas parece nos dizer que estamos livres da Torah? A resposta é, estamos livres sim, mas não dos preceitos da Torah. Afinal, ninguém concordaria em dizer que estamos livres para pecar (Romanos 3 lida bem com esta questão).

Na realidade, estamos livres da CONDENAÇÃO que havia por não cumprir a Torah! Afinal, o não-cumprimento da Torah levava à morte. Porém, Yeshua tomou sobre si a morte, de modo que não mais cumprimos a Torah por medo da separação de D-us, mas sim por amor a Ele. Porque sabemos que Ele, em sua infinita sabedoria, nos deu instruções que contêm o que é melhor para nós.

A Torah foi dada pelo Eterno como um modo de vida. Até mesmo em Gálatas somos chamados a segui-la desta forma. Gálatas 5:13 e 14: " Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne, antes pelo amor servi-vos uns aos outros. Pois toda a Torá se cumpre numa só palavra, a saber: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo." Aqui o amor é estimado como uma

forma de seguir a Torah. Gálatas 6:2 vai ainda mais além para provar este ponto: " Levai as cargas uns dos outros, para que assim cumprais a Torah, como o Messias apóia." Ao andar em amor, ao suportar as cargas dos nossos próximos, estamos andando na Torá. Pois na Torah está escrito, em Levítico 19:18: " amarás o teu próximo como a ti mesmo" é mencionado pela primeira vez.

"5) O Legalismo ou a Graça?

Resposta: A Bíblia diz que é a Graça – Ef. 2.8,15 (comparar com Lc. 16.16)"

ESCLARECIMENTO: Existe no meio evangélico, um erro que precisa ser corrigido no que diz respeito à Torah: uma mistura entre legalismo farisaico e Lei de D'us. Vamos entender o que é legalismo farisaico:

Palavras do próprio Yeshua – "Como não compreendestes que não vos falei a respeito do pão, mas que vos guardásseis do fermento dos perushim (fariseus) e saduceus? Então compreenderam que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas do ensino (doutrina) dos perushim." (Mateus 16:11,12).

"Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus talmidim (discípulos): Acautelai-vos primeiramente do fermento dos perushim, que é a hipocrisia." (Lucas 12:1).

Quando falamos de Lei, obviamente não estamos falando de legalismo, que é uma maneira errada de lidar com a Torah. Na verdade, só com a presença do Espírito de D'us, uma pessoa pode seguir a Torah da maneira correta, tendo como referencial o amor e a justiça do Eterno. Yeshua não foi contra a Lei, mas contra a maneira legalista de encarar a Torah. A palavra de D'us diz que a "letra mata, mas o Espírito vivifica" (2 Coríntios 3:6). O que o rabino Sha'ul (apóstolo Paulo) combateu e o próprio Messias Yeshua também o fez foi em primeiro lugar à atitude legalista, sem substância espiritual, que na verdade é uma maneira carnal de tentar obedecer aos mandamentos. O legalista está contaminado pelo orgulho e tem a atitude de menosprezar as outras pessoas, por se considerar mais santo do que os outros. O legalista na verdade não tem profundidade espiritual e sua fé está fundamentada apenas em conceitos mentais, na letra da Lei e não no espírito da Lei. Isto porque não tem uma experiência vívida com o Eterno, e assim valoriza mais o rito do que o sentimento espiritual, a religiosidade mais do que a experiência com D'us, a tradição mais do que a Palavra de D'us. Esta atitude pode ocorrer com qualquer pessoa, mesmo alguém que não acredite na Torah, mas é legalista quanto à doutrina que professa, seja ela qual for.

O segundo aspecto a ser combatido são as tradições humanas que foram formuladas pelos rabinos, para cercar os mandamentos, ou seja, para ajudarem no cumprimento dos mandamentos, em razão de algumas não terem sido inspiradas pelo Eterno, e acabaram trazendo um excesso de rituais e práticas religiosas. O problema com isto é que se perde o foco da Torah, que é substituída por várias práticas religiosas, que embora tenham a aparência de religiosidade, não causam uma transformação interior profunda, levando inevitavelmente a hipocrisia e a uma rigidez excessiva. Yeshua certa vez disse algo, citando o texto que está no profeta Isaías capítulo 29, versículo13: "Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de Mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens" (Mateus 15:8). Mas, é bom ressaltar que existem também boas tradições, que estão em concordância com os princípios da Torah, como lemos na B'rit Chadashá (escritos da Nova Aliança): "Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por carta nossa" (2 Tessalonicenses 2:15).

CONTINUA...






RENATO VICTOR

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